quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Já cheguei em Goiás, e queria te escrever o quanto antes. I'm under the influence, you know, então talvez isso aqui não saia um dos melhores posts da sua vida.

Anyway, eu queria ressaltar algumas coisas do seu post anterior. Primeiramente, lembrei demais de você em São Paulo. uma noite eu chguei em casa e tava passando "Idiocracy" no Telecine Light. Impossível não lembrar de ti, e eu realmente de vez em quando me sinto aquele cara de 2005 que se enfia a 500 anos ahead prá ser preso e depois dominar o mundo.
Não adianta, você tem razão: knowledge IS power, e 'bora nós foder com os desprivilegiados, shall we? Sabe que eu tô lendo um livro muito bom do Orwell em que ele teoriza que, se as massas ("prole") tivessem lazer e segurança, e o poder fosse delegado a apenas uma minoria, em breve a maioria perceberia como é desnecessária haver apenas um grupo com poder. A sabedoria dissolve o poder concentrado, pois a sabedoria não É o poder, ela ALMEJA o poder.
Só que, ainda assim, decidi almejar o dinheiro. Dinheiro também é poder. Bah, não vale a pena discorrer sobre isso agora. São ossos do ofício, sabe quando a gente tem que optar pela diversão ou pela grana?

O que você acha que devo escolher, amiga?

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Escrevi isso ontem de madrugada, mas tava tão cheia de rum na fuça que esqueci de postar.
De qualquer forma, hoje, sóbria ( :( ), quero continuar a matutar.
Outra coisa que me lembrou você em São Paulo foi assistir a um programa do João Gordo na MTV chamado "Fundão". Já viu? Eu gosto do João Gordo -shame on me, mas acho uma simpatia aquele pudim adiposo tão anarco-punk quanto nossas barbies de cabelo picotado e ruivos de mercurocromo- ele transmite um auto-deboche que me diverte muito. Só a MTV que é um lixo, mas estou fugindo do assunto.
Nesse "Fundão", ele pega aqueles jovens toscos e ignorantes cujo habitat geralmente é o fundo das salas de aula do 1° ou 2° colegial e libera todo seu sadismo em cima deles, esfregando em seus focinhos adolescentes como eles são notoriamente burros. Mais burros ainda por se submeterem a aquelas humilhações todas sabe-se lá porque (desconfio que para aparecer e ser popular no colégio. Ai, adolescentes...).
E eu fiquei fascinada ao ver nesse programa o Gordo puxando um coro que gritava uma frase que encheu meu coração de luz:
- QUEM NÃO LÊ SE FODE!

Espero profundamente que essa frase tenha sido gravada a ferro em brasa naqueles cérebros OCOS, e não apenas repetida como um mantra que não faz muito sentido. Enfim, é meio dolorido saber que não são apenas os adultos que fedem, mas temos uma miríade de jovens se dirigindo a esse mesmo caminho nefasto. Sad but true.
Deixemos as baleias de lado e salvemos as crianças, shall we?

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E a dieta, tá fazendo mesmo? Sabe, eu já fui gorda prá caralho, e depois de muita luta -mas muita luta MESMO- agora ando felicíssima com meu corpinho curvilíneo pero muy exquisito. É sério, depois de perder algumas arrobas, eu bem compreendo as anoréxicas. É delicioso ver os ossos aparecendo, tanto que eu ando morrendo de tesão nas minhas saboneteiras agora salientes, no ossinho do quadril e nas costelas, que são contáveis só de eu levantar o braço. Estou começando a achar meus ossos uma coisa muito sexy, quase no mesmo patamar de colocar uma blusa decotada e ficar secando meus próprios peitos.
No pain, no gain.

O prazer de ver ossos aparecendo é imensamente maior que o de comer desesperadamente, apesar de que ainda não estou curada desse terrível mal de compulsões e vícios -sempre self-destructive- que me aflige, só os alvos é que mudam.
Como me sinto bem em saber que não sou a única louca do recinto!


Escreva logo, estou com saudades.

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