sexta-feira, 25 de julho de 2008

Wheeeeeeee! \o/ \o/ \o/




Vai ver assim eles se animam.



Camarada Bel, é em paroxismos de alegria que lhe dou as boas-vindas ao espancandoteclados! Uma nova era se anuncia neste blog utópico, uma era de prosperidade intelectual, grandes avanços existenciais, esperança histriônica, abundância calipígia... and justice for all.

Entre barbies anarco-punks (aposto que você também tentou dar um corte modernoso à sua Barbie quando era pequena e acabou com uma versão Mattel dos Pinheads de Hellraiser, com aqueles buracos horrorosos à mostra e fiapos de cabelo à la Billy Idol, não foi?), trancinhas flúor e gangorras sentimentais, criaremos uma nova realidade, "onde os machos não têm vez" -- ou, quando têm, têm que entrar na fila e esperar bonitinho. Girl power, sista!

É ótimo ter você aqui, Bel. Se algum dia o TC lembrar que esse blog existe, tenho certeza que ele concordará comigo. O Atillah sempre será uma incógnita, mas partilho de sua intuição que duas moças faceiras e serelepes como nós animam até defunto.



Damn I'm good!


"Como você sabe eu moro em Goiás". Na verdade, eu não tinha me dado conta disso até muuuuito pouco tempo, quando você comentou o post "Idiocracy" e enfatizou o desespero do seu isolamento aí. Pra mim, Goiás (juntamente com todos os estados que não fazem parte da região Sudeste, na minha cabecinha provinciana) é tipo a Terra-Média de Tolkien, ou a Etérnia de He-Man -- só existe na imaginação de quem vive nele, e por isso mesmo deve ser infinitamente interessante. Se cobrir vira circo, se murar vira hospício...

Aqui no litoral do Rio também há pessoas simples e boas, mas por enquanto não fiz amizade com nenhuma delas (acho que elas estão com medo de mim). Meu problema é que eu não estou procurando companhia -- tenho três gatos fabulosos e um marido sui generis para isso --, estou procurando diálogo, comunhão de idéias e pensamentos, referências culturais, kindred spirits. Por enquanto, nada. Decidi seguir a lei do menor esforço e esperar que meus futuros amados venham até mim, trazidos pela atração gravitacional irresistível dos meus quadris em expansão... e BAM! Chega a Bel, ainda que vinda de uma dobra dimensional chamada Goiás, habitar esse glitch in the Matrix que é minha estranha vida afetiva virtual.



Essa NEM foi pro Huno.


Is it better to have loved once and lost or never to have loved at all? Esse trechinho (de uma balada podre do Poison) me veio à cabeça quando você escreveu sobre o fechamento do único cinema que tinha aí. Eu vim pra cá sabendo que o local era acinemático -- terei que pegar um ônibus intermunicipal e peregrinar até a cidade de verdade mais próxima para ver "The Dark Knight". Estamos mais ou menos na mesma ilha de Lost cultural, com a diferença de que eu não alimentei esperanças vãs, ainda que de Harry Potter. Duas livrarias fecharam? Aqui tem uma papelaria/livraria que só vende livros evangélicos, de auto-ajuda ou com títulos do tipo "U2 e a Filosofia" e "Onde Está Osama Bin-Laden?". Tenebroso, mas pelo menos me vi forçada a comprar meus livros online, descobrindo a alegria infantil de esperar os pacotes chegarem pelo correio e abri-los com aquela sensação quase esquecida de manhã de Natal. Como tenho DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), meio que esqueço o que e quando comprei, transformando cada entrega em uma nova aventura. =)

Exposição "Pecuária"... tendo sido criada no eixo Rio-Interior do Rio e depois mudado pra Minas, estou familiarizada com o freak show que é passar por uma. Da última vez que fui a uma grande "Ixposiçã", escoltando priminhas menores de idade que queriam gritar pro Dinho do Capital Inicial, testemunhei o maior número de chapinhas que já vi na VIDA: Bel, não havia UMA mulher naquele lugar que não tivesse cabelos lisos como os de um japonês embaixo d´água. Os salões da cidade faturaram alto, deve ter havido picos de consumo de energia... era chocante. Passei a noite sendo bolinada por playboyzinhos de chapéu de vaqueiro, rezando para que chovesse, nem que fosse uma garoinha só... mas nada. Voltei pra casa num buzu fedendo a vômito, desejando cabelos sarará a toda uma geração de fêmeas e jurando nunca mais botar os pés perto de uma exposição agropecuária.

É inútil resistir à ubiquidade do "Bebê, caí, levantchá", mas jamais nos juntaremos a eles, camarada Bel! A bizarrice da lavagem cultural que nos cerca jamais nos vencerá. Bitter high fives ou não, seremos bastiões solitários da resistência (bem solitários mesmo, levando-se em conta o atual número de leitores). No pasarán!



Up up and away, comrade!

Adelante!

--Xochiquetzal, Agora Acompanhada. =)





Socializando geral.

P.S. - Fiquei tão empolgada com tudo isso que começo minha dieta a partir de agora. 15 quilos abandonarão este corpo que não os pertence, and I'll keep you posted. Rá! Rumo à dominação mundial!

4 comentários:

Bel disse...

Post delicioso, esse seu. Surgiram mil idéias pra te escrever de volta, meus dedos coçam de vontade de te contar sobre o isolamento goiano, piadinhas lesbo-promíscuas, nosso horror perante as "ixposição" e o meu terrível mal de estar me acostumando a essa acefalia generalizada que me certa.
Bom, tudo isso vai ter que esperar. Tenho que fazer as malas. Civilização, aí vou eu!

Keep in touch, sis

Anônimo disse...

Isso tá ficando cada vez melhor =D

Bel disse...

hi darling.
ainda estou em sp. até tentei atualizar daqui, mas o cachorrinho da minha irmã ameaça destruir a casa toda as vezes em que sento aqui por mais de algumas horas.

então, te encontro em goiás.
xxx

Anônimo disse...

Esquenta não Bel... take your time!

Procrastination is an art, baby!

Beijos e até Goiás,

--X.