Collision rules.
Você foi muito coerente na citação do INXS. É realmente a história da nossa relação:
I
I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never ever tear us apart
É a história da nossa cosmogonia, melhor dizendo. Olha só.
Embora nossos mundos tenham se formado e crescido de forma muito diferente depois de mais de uma década (você está ficando velha :( ), nada do que aconteceu foi capaz de nos separar. Zoados pelo Big Bang originário, separados por anos-luz, mas muitas vezes mais próximos entre nós do que com nossos próprios patrões e patroas.
Apesar de todos os seus esforços para orbitar para longe de mim, do seu momentum planetário que te leva para os confins do nosso sistema solar, a atração gravitacional sempre te traz de volta, mesmo quando a distância dos seus erros contraria todas as leis da física, dizendo que NÃO HÁ atração gravitacional suficiente para você voltar.
Condenada a ficar no nosso sistema de estrelas locais, você é um torrãozinho insano de poeira acumulada, indo e voltando constantemente em minha direção, acelerando e desacelerando de forma impossível no vácuo. Você é uma catástrofe cósmica esperando pra acontecer.
Você não olha para os dois lados antes de atravessar a órbita, e não sei como você ainda não foi atropelada por um cometa desgovernado. Eu vejo esses cometas passando zunindo por você, e penso: “caralho, escapou de mais uma, essa quase acaba com a vida inteligente na sua biosfera”. No seu balé de Rasputin você desvia graciosamente dos impactos profundos que poderiam acontecer. Tão diferente de mim. Porque eu fico aqui, planejando para o inevitável (?) choque, suporto cada asteróide que cai na minha superfície, absorvo e distribuo o impacto, e uso os restos de cada um pra aumentar a minha própria massa.
O planeta Atillah: um torrão vermelho e carnívoro como Marte, girando em volta de si mesmo e de um Sol que eu não sei qual é, mas ajuda as coisas a ficarem sempre quentinhas e confortáveis. Minha órbita é regular, e com cálculos simples se descobre em que ponto estarei em qualquer momento dos próximos 100 milhões de anos e SEMPRE com apenas dois climas bem definidos: verão e inverno.Enquanto faço as minhas voltas preguiçosas em torno do Sol, de vez em quando consigo ver você ao longe, entre planetas gasosos, escapando por um triz de buracos negros que acabariam com sua existência, testando os limites desse sistema em que te colocaram.
Então VÁ, seu pequeno planeta instável. Shine on you crazy diamond. Estenda sua órbita, contrarie as leis da Física, faça e refaça a composição do seu planeta.
Depois volte ao nosso sistema local, cruze minha órbita, choque-se de leve com a minha superfície, vamos provocar um pequeno desastre, vamos trocar poeira estelar, deixe meus vulcões explodirem em você, deixe a lava do manto escorrer e solidificar na sua superfície. Minhas rochas piroclásticas GRUDAM MESMO, e você não vai conseguir se livrar delas, nem com terremotos.
Deixe eu aplacar minha fúria magmática nos seus oceânus gélidos, ferver suas águas frias (você se afastou DEMAIS do Sol), criar vapor e embaçar tudo que pode ser visto de fora.
No fim, você leva um parte de mim, e eu fico com uma parte de você. Dois mundos colidiram, e agora eles nunca mais poderão ser separados.
Isso devia virar música.
Atillah.
Você foi muito coerente na citação do INXS. É realmente a história da nossa relação:
I
I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never ever tear us apart
É a história da nossa cosmogonia, melhor dizendo. Olha só.
Embora nossos mundos tenham se formado e crescido de forma muito diferente depois de mais de uma década (você está ficando velha :( ), nada do que aconteceu foi capaz de nos separar. Zoados pelo Big Bang originário, separados por anos-luz, mas muitas vezes mais próximos entre nós do que com nossos próprios patrões e patroas.
Apesar de todos os seus esforços para orbitar para longe de mim, do seu momentum planetário que te leva para os confins do nosso sistema solar, a atração gravitacional sempre te traz de volta, mesmo quando a distância dos seus erros contraria todas as leis da física, dizendo que NÃO HÁ atração gravitacional suficiente para você voltar.
Condenada a ficar no nosso sistema de estrelas locais, você é um torrãozinho insano de poeira acumulada, indo e voltando constantemente em minha direção, acelerando e desacelerando de forma impossível no vácuo. Você é uma catástrofe cósmica esperando pra acontecer.
Você não olha para os dois lados antes de atravessar a órbita, e não sei como você ainda não foi atropelada por um cometa desgovernado. Eu vejo esses cometas passando zunindo por você, e penso: “caralho, escapou de mais uma, essa quase acaba com a vida inteligente na sua biosfera”. No seu balé de Rasputin você desvia graciosamente dos impactos profundos que poderiam acontecer. Tão diferente de mim. Porque eu fico aqui, planejando para o inevitável (?) choque, suporto cada asteróide que cai na minha superfície, absorvo e distribuo o impacto, e uso os restos de cada um pra aumentar a minha própria massa.
O planeta Atillah: um torrão vermelho e carnívoro como Marte, girando em volta de si mesmo e de um Sol que eu não sei qual é, mas ajuda as coisas a ficarem sempre quentinhas e confortáveis. Minha órbita é regular, e com cálculos simples se descobre em que ponto estarei em qualquer momento dos próximos 100 milhões de anos e SEMPRE com apenas dois climas bem definidos: verão e inverno.Enquanto faço as minhas voltas preguiçosas em torno do Sol, de vez em quando consigo ver você ao longe, entre planetas gasosos, escapando por um triz de buracos negros que acabariam com sua existência, testando os limites desse sistema em que te colocaram.
Então VÁ, seu pequeno planeta instável. Shine on you crazy diamond. Estenda sua órbita, contrarie as leis da Física, faça e refaça a composição do seu planeta.
Depois volte ao nosso sistema local, cruze minha órbita, choque-se de leve com a minha superfície, vamos provocar um pequeno desastre, vamos trocar poeira estelar, deixe meus vulcões explodirem em você, deixe a lava do manto escorrer e solidificar na sua superfície. Minhas rochas piroclásticas GRUDAM MESMO, e você não vai conseguir se livrar delas, nem com terremotos.
Deixe eu aplacar minha fúria magmática nos seus oceânus gélidos, ferver suas águas frias (você se afastou DEMAIS do Sol), criar vapor e embaçar tudo que pode ser visto de fora.
No fim, você leva um parte de mim, e eu fico com uma parte de você. Dois mundos colidiram, e agora eles nunca mais poderão ser separados.
Isso devia virar música.
Atillah.