CULT: –adjective: of, for, or attracting a small group of devotees: "a cult movie".
Taking into consideration our amount of devotees, you're about to be part of one hell of a cult blog; a couple of readers less and we will turn into a diary.
Welcome to Xochiquetzal's mind. Grab a seat and enjoy the show.
Cortesia do grandioso (Fill in the Blank) Reader, que voltou à vida digital trazendo souvenirs de beleza da Velha Albion.
Sun been down for days A pretty flower in a vase A slipper by the fireplace A cello lying in it's case
Soon she's down the stairs Her morning elegance she wears The sound of water makes her dream Awoken by a cloud of steam She pours a daydream in a cup A spoon of sugar sweetens up
And She fights for her life As she puts on her coat And she fights for her life on the train She looks at the rain As it pours And she fights for her life As she goes in a store With a thought she has caught By a thread She pays for the bread And She goes... Nobody knows
Sun been down for days A winter melody she plays The thunder makes her contemplate She hears a noise behind the gate Perhaps a letter with a dove Perhaps a stranger she could love
And She fights for her life As she puts on her coat And she fights for her life on the train She looks at the rain As it pours And she fights for her life As she goes in a store With a thought she has caught By a thread She pays for the bread And She goes... Nobody knows
And She fights for her life As she puts on her coat And she fights for her life on the train She looks at the rain As it pours And she fights for her life Where people are pleasently strange And counting the change And She goes... Nobody knows
Fighting for her life (with a little help of her friends),
Uma série de coisas tem me feito feliz ultimamente. Coisas pequenas: quem disse que a felicidade está nas coisas simples da vida estava certo -- até mesmo porque a vida não passa de uma série numerada de coisas simples: a gente que complica ela, nas sábias palavras do meu pai.
Pois então. Uma das minhas atuais fontes de alegria tem sido o programa de rádio Theme Time Radio Hour (with your host Bob Dylan), seleção semanal de músicas escolhidas pelo velho Bob e equipe, todas partilhando um tópico: sapatos, cabelos, amigos & vizinhos, cachorro, Bíblia, noite, demônio, cores, coração, escola, telefone, água, sangue, Natal, carros, armas, nomes de mulher -- a lista de temas varia do poético ao hilário, do profundo ao absurdamente profano. As playlists, ecléticas e deliciosamente antiquadas, são pontuadas pelos comentários, anedotas, citações e tiradas geniais de Dylan, que mesmo aos sessenta e muitos anos ainda consegue deixar esta ouvinte mordendo a fronha com sua voz rascante e dicção suingada.
O Theme Time Radio Hour pode ser baixado em torrents ou acompanhado online. Como boa copyfighter que sou, fico com a opção que, além do rum e das putas, não diminui o meu butim. HARRRRR, mateys!
Outra coisa me deixou feliz foi minha inesperada (porém efêmera) alforria conjugal, que rendeu deliciosas semanas de solidão, há muito almejadas. Dias da minha música tocando no último volume pela casa, da minha voz ecoando no banheiro às sete da manhã, minhas roupas espalhadas pelo chão, meus gatos, minha dieta insana, meus livros, meus horários, tudo meu meu MEU. Me agarrei à solidão num desespero que me assusta até agora: não fazia idéia do quanto sentia minha falta, e agora que faço estou com medo de fugir comigo mesma -- para ser abandonada, prenha de nada e desonra, pela canalha que eu sou frente à primeira adversidade, barra de saia/calça ou criatura de tendências artísticas.
É duro não valer nada. Ser vadia não é para as fracas de espírito, companheira Bel. Estou contigo e nãoabro, aguardando o momento oportuno de lançar nossa grife/editora/gravadora/restaurante/escola de idiomas/delicatessen/livraria & sebo/antiquário/esquadrias de alumínio/pastel frito na hora/drogaria/sex shop e sorvete no cascão Vadias 'r' Us.
Mas mudemos de assunto antes que eu me comprometa (O RLY?): nostalgia e liquidificadores de algodão. Dia desses o TC conseguiu fazer com que eu desencavasse meu antigo caderno de textos/letras de música/poesias, no qual escrevi sofregamente dos dezenove aos vinte e um anos, com resultados variáveis. Foi uma experiência interessante reler versos da Xochiquetzal de dez anos atrás, e surpreendente achar alguns legais (levando-se em consideração o contexto sócio-histérico-cultural das obras , claro). Quer brincar de médico literário comigo? Me mostra o seu que eu te mostro o meu.
Você acredita que eu nunca vi Wonder Years? Eu tenho umas lacunas culturais absurdas: por exemplo, eu nunca tinha ido ao teatro na minha VIDA até o mês passado, quando fui conferir o Hamlet de Wagner Moura no Rio. Também nunca tinha escutado The Dark Side of the Moon até o ano passado, e até hoje permaneço sem ter conhecido São Paulo, ido ao Pão de Açúcar de bondinho, lido Karl Marx, assistido Star Wars ou visitado um motel. A lista vai ficando mais vergonhosa conforme progride ad absurdum, por isso vou ficando por aqui antes que perca minha tão suada credencial de vadia letrada.
Zelosa da reputação da categoria, câmbio e desligo,
É engraçado. Nesse poucos meses de convivência, já vi cada um de vocês falando "I (FUCKING) QUIT!" devido a mais trabalho que nossa mente sã pode surportar. Mesmo eu sabendo disso, lá vou eu me meter numa jornada dupla de emprego. Preparem-se, amigos, para me assistir na mesma luta para qual meus dois insanos gladiadores pediram arrego.
Mas não quero falar de coisa cinza.
Quero também falar de antigos amores com a X. Essa música do Joe Cocker era tema de abertura de Wonder Years, cês lembram? Seriado oldschool bom pra caralho.
Daí fiquei nostálgica. Assistia isso quando ainda sabia o que era sossego. Nostalgia cinza, sai fora.
Falando nisso, meu conceito de felicidade coincide bem com isso:
"Acredito nas incríveis possibilidades de momentos de intensa satisfação, mas não nesse continuum edulcorado que a mídia chama de felicidade. Talvez as minhas uvas estejam verdes, mas nesse momento de intensa angústia no continuum alucinógeno que eu chamo de vida, estou mais preocupada em buscar momentos, não coisas ou estados".
Nunca acreditei que felicidade fosse um estado permanente. Por exemplo, eu sou teimosa, mas não sou feliz. Existem momentos em que sou maleável devido a variantes de temperatura e pressão mas, de estado fixo e permanente, eu sou teimosa. Ser feliz NUNCA dependeu de "ser" algo. Isso é algo que a TV tenta enfiar na nossa cabeça: - Má ôeeee, o que você quer da vidám? - Ah, Sílvio... sei lá, eu quero é ser feliz.
Existem dias, existem semanas e existem meses. Em todos eles eu continuo sendo uma pessoa teimosa, mas "ser" feliz depende de inúmeros e incontáveis fatores que independem de eu ser ou não ser algo. Ergo, não se "é" feliz, se "está" feliz. Nesse momento minuto segundo às 00:26 de sábado pra domingo, apesar da onda de merda maior que a Pororoca que eu vejo se aproximar de mim, estou feliz. Decidi me preocupar só na hora que a corda estiver no meu pescoço, ao invés de ficar sofrendo de véspera. Novamente, num ato de bravura final, entoo meu cântico:
- VIDA, CHUPA EU!
Divago.
Sim, musicistas são seres que me dão frissons só de ver que são habilidosos com os dedos (heh) ou uma voz bonita ou aqueles braços detonando a bateria. Me espanca com sua baqueta também, vai? Sempre tive espírito de groupie.
Queria também falar sobre faíscas. Que negócio esquisito. Eu imaginei que esse negócio de mimimi lance oficial fofo não fosse ser a coisa mais permanente do mundo, mas também não imaginei que o grau de tentações fossem tão grandes e tão presentes e tão palpáveis ô, e COMO rolava palpar e acontecíveis. O problema é que eu saquei as segundas intenções de outrem, que sacou que eu saquei e -OH GOD, PUNISH ME- retribuí timidamente e aí é só bola de neve. É a faísca correndo a trilha de pólvora diretamente pra bomba.
Esse negócio de ser vadia tá ficando complicado. Deus, será que você pode me dar juízo na próxima encarnação?
Se ferrando no caldo quente, Bel
p.s- "Liquidificador de Algodão" é um poema meu, que escrevi quando eu tinha uns 14 anos. Usei o título porque não consegui pensar em nada melhor pro post. Um dia digito o poema aqui pra vocês. xxx
Há alguns dias atrás revi o filme-documentário sobre Woodstock, repleto de apresentações antológicas e de lembranças de que eu, definitivamente, nasci na época errada.
Entre a grandeza de Janis Joplin enfeitiçando a platéia e Jimi Hendrix invocando "Purple Haze", me deparei com um antigo amor, Joe Cocker, alcoolizando "With a Little Help From My Friends" dos Beatles com sua voz rasgada.
Nunca pensei que tiques nervosos pudessem ser sexy.
Welcome back to my life, Joe. I had no idea I missed you this much.