Uma Cidade Litorânea, 03 de Fevereiro de 2009
Querida Bhéo,
espero que essas mal-digitadas linhas encontrem seu tatu andando com ímpeto e determinação, em nome de Jesus.
Por aqui os Tolypentes tricinctus continuam treinando para o Cirque du Soleil, firmes e fortes em seus triplos carpados centrípetos e moonwalks destemidos. Bruno e Pandora andam meio putos com o calor, vegetando pela casa enquanto o sol frita a lama da minha requintadamente urbanizada rua. Amber permanece em seu cio sem fim, fazendo amor desesperado com os móveis, calçados e hóspedes, enquanto o patrão segue firme em seu processo de beatificação em vida -- Beato Cristóvão, protetor das mulheres neuróticas e padroeiro das pessoas implausíveis.
(Orai por nós que recorremos a Vós)
Quanto a mim, sei lá: estou meio perdida em meio a todos os amores inéditos de janeiro, sem saber pra quem sorrir ou quando começar a processar os efeitos salutares do Best. Summer. EVERRR. Houve momentos januários em que me senti verdadeiramente absurda dentro da minha bolha de alegria; acho que se não fosse o desconforto criado pela constante presença da sua ausência eu teria virado purpurina lá pelo dia 15.
Mas não. Fevereiro chegou com suas temperaturas ínferas e seu inevitável reality check, trazendo com a TPM (crises horrendas: we haz dem) a constatação de que, CARALEO, você esteve aqui.
Você. Esteve. Aqui. Ainda não realizei isso direito -- em parte pela dificuldade em estar online, que me impediu de tecer considerações sobre nosso encontro (elas são muitas) e conversar, conversar, conversar como antes; em parte pela quantidade de poeira cósmica levantada pela colisão de nossos mundos, que turva a visão das mudanças causadas em meu relevo já tão acidentado. Falaí, Michael Hutchence:
Amiga, ficar longe de você dói demais. cada espiada clandestina no Orkut era um suplício: recados, fotos, recortes seus que eu simplesmente NÃO TINHA como responder, a sensação de desastre iminente trazida pela frustração de não poder dar continuidade a um dos momentos mais relevantes da minha vida EVAH.
Foi tudo intenso demais, até para os meus padrões distorcidos de intensidade: nosso click instantâneo, conexão profunda, intimidade meteórica e mais um monte de adjetivos que não dão conta de exprimir a importância de seu aparecimento no meu lado do espelho. Você despencou deNárnia Goiás até aqui, cara. Two worlds collided.
Pára tudo.
Você apareceu na rodoviária de MacaHell como se eu tivesse te baixado de uma bit-torrent: pixels transformados em carne, anunciação digital, milagres de multiplicação de tartarugas, água transformada em vodka, suicidas redivivos caminhando sobre as águas, legiões porcinas de risadas de lycra exorcizadas penhasco abaixo... Aleluia, hosana (como uma deusaaaaaa...) nas alturas, sangue de tatu tem poder!
Oi?
E aí... você volta pra Neverland, deixando minha Wonderland muito Wasteland pro meu gosto, sem que eu pudesse dizer o quanto foi bom pra mim (bom pra você eu sei que foi - heh), sem que eu tivesse um depositório de lágrimas digitais ou mesmo te mandasse torpedinhos babões, viscosos de dramaticidade.
Ah, peraê: acho que acabo de dramatizar o suficiente nos parágrafos acima. MAS AINDA ASSIM HÁ DRAMA EM MEU CORAÇÃO, MULHER!
Pois então, Bel: temos que resolver isso, temos que tirar esse atraso! A impossibilidade de comunicação digital deixou tudo em animação suspensa, mas o que eu sinto por você continua 100% Wando, princesa (heh). Quando a saudade aperta eu digivolvo para Daniel, mas tomo tento antes de ir chorar minhas pitangas no colo macilento da Hebe.
Mas as coisas estão se arrumando: em breve terei um laptop e poderei ao menos atualizar o espancando decentemente (isso é uma promessa, leitores manifestos). Fora isso, algo me diz que não vai demorar muito para que você volte a se manifestar por essas praias, pequena aprendiz de Iemanjá. Nesse meio-tempo, escrevo minhas cartas públicas por aqui, na esperança de manter a repuação do espancando de "mais underground dos blogs underground". Espanquem, amigos, espanquem!
Então tá então. Eu amo a Bel, PRONTOFALEI.
PRONTOFALANDO,
--Xochiquetzal, a Missivista Digital.
Querida Bhéo,
espero que essas mal-digitadas linhas encontrem seu tatu andando com ímpeto e determinação, em nome de Jesus.
Por aqui os Tolypentes tricinctus continuam treinando para o Cirque du Soleil, firmes e fortes em seus triplos carpados centrípetos e moonwalks destemidos. Bruno e Pandora andam meio putos com o calor, vegetando pela casa enquanto o sol frita a lama da minha requintadamente urbanizada rua. Amber permanece em seu cio sem fim, fazendo amor desesperado com os móveis, calçados e hóspedes, enquanto o patrão segue firme em seu processo de beatificação em vida -- Beato Cristóvão, protetor das mulheres neuróticas e padroeiro das pessoas implausíveis.
(Orai por nós que recorremos a Vós)
Quanto a mim, sei lá: estou meio perdida em meio a todos os amores inéditos de janeiro, sem saber pra quem sorrir ou quando começar a processar os efeitos salutares do Best. Summer. EVERRR. Houve momentos januários em que me senti verdadeiramente absurda dentro da minha bolha de alegria; acho que se não fosse o desconforto criado pela constante presença da sua ausência eu teria virado purpurina lá pelo dia 15.
Mas não. Fevereiro chegou com suas temperaturas ínferas e seu inevitável reality check, trazendo com a TPM (crises horrendas: we haz dem) a constatação de que, CARALEO, você esteve aqui.
Você. Esteve. Aqui. Ainda não realizei isso direito -- em parte pela dificuldade em estar online, que me impediu de tecer considerações sobre nosso encontro (elas são muitas) e conversar, conversar, conversar como antes; em parte pela quantidade de poeira cósmica levantada pela colisão de nossos mundos, que turva a visão das mudanças causadas em meu relevo já tão acidentado. Falaí, Michael Hutchence:
Amiga, ficar longe de você dói demais. cada espiada clandestina no Orkut era um suplício: recados, fotos, recortes seus que eu simplesmente NÃO TINHA como responder, a sensação de desastre iminente trazida pela frustração de não poder dar continuidade a um dos momentos mais relevantes da minha vida EVAH.
Foi tudo intenso demais, até para os meus padrões distorcidos de intensidade: nosso click instantâneo, conexão profunda, intimidade meteórica e mais um monte de adjetivos que não dão conta de exprimir a importância de seu aparecimento no meu lado do espelho. Você despencou de
Pára tudo.
Você apareceu na rodoviária de MacaHell como se eu tivesse te baixado de uma bit-torrent: pixels transformados em carne, anunciação digital, milagres de multiplicação de tartarugas, água transformada em vodka, suicidas redivivos caminhando sobre as águas, legiões porcinas de risadas de lycra exorcizadas penhasco abaixo... Aleluia, hosana (como uma deusaaaaaa...) nas alturas, sangue de tatu tem poder!
Oi?
E aí... você volta pra Neverland, deixando minha Wonderland muito Wasteland pro meu gosto, sem que eu pudesse dizer o quanto foi bom pra mim (bom pra você eu sei que foi - heh), sem que eu tivesse um depositório de lágrimas digitais ou mesmo te mandasse torpedinhos babões, viscosos de dramaticidade.
Ah, peraê: acho que acabo de dramatizar o suficiente nos parágrafos acima. MAS AINDA ASSIM HÁ DRAMA EM MEU CORAÇÃO, MULHER!
Pois então, Bel: temos que resolver isso, temos que tirar esse atraso! A impossibilidade de comunicação digital deixou tudo em animação suspensa, mas o que eu sinto por você continua 100% Wando, princesa (heh). Quando a saudade aperta eu digivolvo para Daniel, mas tomo tento antes de ir chorar minhas pitangas no colo macilento da Hebe.
Mas as coisas estão se arrumando: em breve terei um laptop e poderei ao menos atualizar o espancando decentemente (isso é uma promessa, leitores manifestos). Fora isso, algo me diz que não vai demorar muito para que você volte a se manifestar por essas praias, pequena aprendiz de Iemanjá. Nesse meio-tempo, escrevo minhas cartas públicas por aqui, na esperança de manter a repuação do espancando de "mais underground dos blogs underground". Espanquem, amigos, espanquem!
Então tá então. Eu amo a Bel, PRONTOFALEI.
PRONTOFALANDO,
--Xochiquetzal, a Missivista Digital.
P.S. - Ficar sem computador É UMA ARMADILHA DE SATANÁS!!!!
Rá!
2 comentários:
Prezada X.,
É com muita alegria que recebo esse seu post-carta.
Quando eu disse que o Espancando tornar-se-ia um Acetoso 2.0, não quis dizer que se tornaria MORTO como o Acetoso, e sim um monólogo de mim mesma, ao invés de um triálogo com vocês. Fique tranqüila, não pretendo deixar o blog entrar em coma. Até porque como desisti do fotolog e o Acetoso está vegetativo, não tenho mais onde escrever meus dramas pessoais. Vocês terão que me aturar por aqui mais uns tempos.
Os tatus estão bem, já. Seguir conselhos de vez em quando é bom.
Ainda sinto muita, mas muita falta da Anoréxica (can you believe, it?), de olhar a fotinha dela no meu orkut e ficar toda mimosa. Mas, como disse, só dela. De você nem um pouco.
A impossibilidade de comunicação digital, pra mim, é um teaser a mais. Saudade minha não morre via MSN, mas fico morrendo de vontade de relembrar certos episódios contigo e de trocarmos impressões e reflexões. Quanto mais você se demora, mais coisas vai me dando vontade de falar e de perguntar. Pode tirar a roupa devagarzinho, sem pressa, botão por botão. Eu não me importo com a espera se o produto final compensar.
Mas nem sonhe em se demorar mais que o necessário pra voltar ativamente à minha vida.
E segundo essas africanas da voz bonita e cabeça-de-vento, nóis já tamo NO CU da armadilha de satanás, hein. TUDO que ela fala põe como "armadilha de satanás" eu ponho como "bom demais da conta, sô".
See you in hell, sista.
MacaHell.
xxx,
Bel
você volta pra Neverland, deixando minha Wonderland muito Wasteland
You are me. Fact.
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