quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Summer of '09

I. Foi ótimo

Foi ótimo imitar dois sotaques diferentes (forrmou o caju, mérrrmão! / daí a negócio eshtava muinnnto quentchi).

Foi ótimo assistir uma cena digna de um Die Hard no píer, enquanto fumávamos bebíamos uma breja na praia, distraídos em nossos tatus andando (JESUS!), quando a digníssima X. solta um "NOSSA, um cara caiu/se jogou lá de cima". E, realmente, um cara havia caído/se jogado de uma altura de uns... sei lá, mais de 20 metros, o píer era enorme, e cai no meio do mar enfurecido, com Iemanjá gulosa (que até tentou comer croquete de X. alguns dias depois. Num biquíni preto que era uma gracinha) e suas ondas titânicas a tentar tragar o pobre coitado para seu enlace marítimo mortal. Dramaticidade é contagiosa, viu? Vimos o infeliz lutar contra as ondas e chegar -exausto, creio eu- à praia, enquanto uma multidãozinha se formava e nós três "caraaalho... nêgo se fodeu" só olhando de longe. Inacreditável.

Foi ótimo conhecer seus gatinhos. Ontem mesmo fiquei morrendo de vontade de apertar a Anoréxica e de ouvir o "meow" quando a gente chama o nome dela. Um charme de gatinha, juro que tô com saudade dela. Só dela, de você nem um pouco.

Reservoir Dogs foi ótimo.

Campeonato de Mario Kart bebendo latas e mais latas de Red Bull (Red Bull te dá ASAS!) e etílicos de variados teores e cores e sabores foi fodasticamente divertido. Seu patrão é uma ótima pessoa de se competir, porque eu posso xingá-lo à vontade e ele não entende metade do que digo e só ri da minha cara. Aliás, ele é uma ótima pessoa. Sui generis. Viajei por horas e mais horas nos causos desse trem.

Foi ótimo ver, encostar, cafungar, cheirar, ouvir, contar sardinhas (RÁ, aposto que você nem percebeu), não entender as piadas dos stand-up comedy, comer berinjela, ir no lago de noite à luz do luar (romantic 'r us), escalar rochas e mais rochas e mais rochas E MAIS ALGUMAS ROCHAS até achar a praia perfeita deserta pra gente.



"O tempo pode desbotar"? Vai nessa.
Conhece essa?
(Nota: eu sei que ele faz umas músicas meio viadinhas e tal, mas esse som é bom. Eu curto e É PERTINENTE)




"Oh, when I look back now
That summer seemed to last forever
And if I had the choice
Yeah - I'd always wanna be there
Those were the best days of my life
Back in the summer of '69"


É uma boa trilha para um post sobre férias de verão, vai. Tipo "oh, sou emo e vou me lembrar disso até ficar velhinho", mas aê, é tipo isso mesmo.

Como já foi dito pela X., meu caro amigo ar-condicionado que está quase se reposicionando aos 23°, sua ausência lá foi motivo de muito pesar para nosotras. Nos divertimos muito e tal mas foi muito triste, seu fdp desgraçado. Ainda te devemos um "THANX!" por ter sido o promoter do I Fórum Interestadual do Espancando Teclados. Da próxima você vai nem que tenha que vender o cu na esquina, motherfucker from hell.

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II. Encontros imediatos de 3° grau

"Muito se tem falado das coincidências de que a vida é feita, tecida e composta, mas quase nada dos encontros que, dia por dia, vão acontecendo nela, e isso não obstante serem os ditos encontros, quase sempre, os que a mesma vida orientam e determinam, embora, em defesa daquela percepção parcial das contingências vitais, fosse possível argumentar que um encontro é, no seu mais rigoroso sentido, uma coincidência, o que não significa, claro está, que todas as coincidências tenham de ser encontros. (...)
Dizem os entendidos nas regras de bem contar contos que os encontros decisivos, tal como sucede na vida, deverão vir entremeados e entrecuzar-se com mil outros de pouca ou nula importância, a fim de que o herói da história não se veja transformado em um ser de exepção a quem tudo poderá acontecer na vida, salvo vulgaridades."

(José Saramago, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, pág. 182 ((eu odeio quando vocês colocam citação sem mencionar a referência)) )

Eu não sei se somos nózes ímãs de pessoas fascinantes (será que eu fui atraída pra essa loucura galáctica de vocês ou foi meu buraco negro lhczento que atraiu esses dois planetinhas pra minha órbita?) ou se o Inefável realmente se regozija ao curtir com a nossa cara, mas entre tantas coincidências de que a vida é feita -sendo encontros inesperados apenas um exemplo banal destas- essa é uma das mais divertida. Até mais divertida que quando eu começo a cantar uma música num cômodo da casa e minha irmã começa a cantar a mesma música no mesmo trecho em outro cômodo junto comigo, e ficamos nos acusando de uma querer enlouquecer a outra de propósito, porque se um maestro tivesse regendo, a sincronia não seria tão precisa.
Vide nós.
Se tivesse um maestro regendo, a sincronia não seria tão precisa. Acho que são os spins se rebelando contra o caos do mundo e tentando colocar certas coisas inesperadas e distantes no seu devido lugar.

Pouco tenho a dizer sobre esse assunto porque, como já vimos, esse é o tipo de situação que está absolutamente fora de nosso controle. O pior é que quando eu faço a linha cronológica de COMO fui parar aí na praia de R*****, bebendo Red Bulls com X. e seu patrão, o negócio parece ABSOLUTAMENTE irreal. Ainda acho que estamos na Matrix e colocaram cogumelos no nosso soro, ou me perdi hard na toca do coelho. Sério, you guys freak me out.


Going (further) down into the rabbit hole,


(saca só os zóio vermeio do coelho)

Bel.

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